segunda-feira, 18 de julho de 2011

UMIRIM, MEU POBREZINHO

Ó meu Umirim querido
você se encontra falido?
Não me diga que é verdade
é tão pouca a tua idade
como ente emancipado.
Qual foi o teu pecado
para sofrer tanto assim?
passaste tempo ruim
e depois de independente
pensou-se ser diferente
que desofuscado o brilho
cuidado pelos teus filhos
seguisses de vento em popa.
mas é uma coisa louca!
tu continuas carente.
Coitada da tua gente
que foi surgindo um dia
como diz a poesia
"às margens de um rio pequeno".
Mas o que sobra é "veneno"
do banquete de quem manda.
Teu povo dança ciranda
a procura de milhoras
e o que é seu vai embora.
Segue por outros caminhos.
Umirim, meu pobrezinho!
Já foi Riacho da Sela
que mais conforto revela,
hoje nem mais sela cabe,
uma cangalha, que sabe!
seria mais adequado.
Mas não ficas magoado
Umirim, nosso torrão,
estás em meu coração
e de muita, muita gente
que te ama realmente.

                 Umirim, julho de 2011