Juvenal Amaro
Proferida a sentença
dando a condenação
ao calvário, Jesus Cristo
levaram com humilhação
e chegando em Hebreu, Gólgota
houve a crucificação.
As roupas que lhe tiraram
vestiram-lhe novamente
e puseram-lhe aos ombros
uma cruz e cruelmente
ordenaram-lhe então
que fosse andando na frente.
O Salvador oprimido
com o peso do madeiro
caia muito por terra
no meio dos desordeiros
que logo o chicoteavam
para levantar ligeiro.
Mas no caminho, um homem
eles puderam encontrar
que se chamava Simão
e forçaram-no a ajudar
Jesus Cristo, aquela cruz
tão enorme, carregar.
Com Jesus de Nazaré
dois ladrões iam levando
também ao grande suplício
lado a lado caminhando
e um tropel de povo
ia, à parte, acompanhando.
Lá no alto do Calvário
foram a Cristo oferecer
vinho com fel misturado
para que do padecer
melhor suportasse as dores
mas Ele não quis beber.
Tiraram-lhe as vestimentas
e pregaram-no na cruz
entre dois ladrões que como
Cristo estavam quase nus
e puseram J. N. R.J.
na cruz, acima de Jesus.
Suspenso na cruz estava
o divino salvador
e não tinham compaixão
aquele povo sem amor:
enquanto o sangue escorria
mas zombava da sua dor.
Até mesmo um dois ladrões
que ao seu lado estava
crucificado também
O tempo todo blasfemava
mas o outro o repreendendo
desta maneira falava:
Não temes então a Deus
mesmo estando pra morrer?
Nós por certo padecemos
por nosso mal proceder
mas este que mal fez ele
para tanto assim sofrer?
Com a mãe do Salvador
João ao pé da cruz ficou.
Vendo a mãe e o discípulo
que amava, Jesus falou:
"Mulher eis aí teu filho"
e "eis aí tua mãe". E calou.
O sol a escurecer
ao meio dia começou,
a terra até as três horas
em trevas toda ficou
quando com tamanha voz
Jesus Cristo assim falou:
"Por que me desprezastes,
Deus meu?" E depois dizendo:
"Tenho sede". E um soldado
uma esponja embebendo
em um vaso de vinagre
logo foi oferecendo.
Jesus naquele momento
tendo o vinagre provado
disse então logo depois:
"Tudo está consumado."
Mas de novo de seus lábios
em alta voz foi falado:
"Pai, encomendo em vossas
mãos o espírito meu."
E com os olhos para os céus
da maneira que ergueu
dizendo estas palavras
inclinou a cabeça e morreu.
Juvenal Amaro
1981
sexta-feira, 22 de abril de 2011
quinta-feira, 21 de abril de 2011
BALNEÁRIO CAXITORÉ
Juvenal Amaro
Calmo contemplando as águas
deste magnífico açude
aí então foi que pude
perceber quanta grandeza
recurso que a Natureza
para a vida nos concede
A gente se senta e pede
uma tilápia com baião
e sentindo a sensação
de paz, ao frescor das águas
esquece tristeza e mágoas
rejuvenesce o espírito
num panorama bonito
rústico e aconchegante
que parece delirante
pra quem vive na cidade
Mas essa simplicidade
é algo muito real
que inspira o Juvenal
agora neste momento
e eu somente lamento
é pelo passar das horas
eu ter que ir já embora
de volta na mesma trilha
junto com as minhas filhas
Juveneide e Juaneide
mas sei que ainda hei de
voltar outra vez aqui
também com o Valdemir
que agora nos acompanha
com satisfação tamanha
tirando fotografia
enquanto da água fria
vêm respingos pelo vento
fazendo um encantamento
que só quem o presencia
pode sentir a magia
que há ali com certeza
E eu sentado à mesa
tosca de uma barraca
segurando gafo e faca
numa alimentação
Surge a inspiração
e olhando o universo
então faço estes versos
do mais profundo da alma
neste momento de calma
que a matéria desanda
e o espírito comanda
toda uma narração
que parte do coração
sensível deste poeta
que a vida interpreta
de maneira diferente
Olhando a água corrente
que cai ao chão como neve
enquanto a mente escreve
com a imaginação
e grava no coração
de onde jamais se apaga
porque o peito afaga
beleza deste cenário
até mais balneário
até mais Caxitoré
Juvenal Amaro
Em Julho de 2010
sábado, 9 de abril de 2011
PRESENÇA AMÁVEL
Sonhei que o mundo havia
entrado em depressão
que nenhum jardim floria
e a chuva que caia
não fertilizava o chão.
Sobreviver era impossível
naquele mundo qualquer,
esquesito e horrível
porque faltava a incrível
presença amável da mulher.
Juvenal Amaro
entrado em depressão
que nenhum jardim floria
e a chuva que caia
não fertilizava o chão.
Sobreviver era impossível
naquele mundo qualquer,
esquesito e horrível
porque faltava a incrível
presença amável da mulher.
Juvenal Amaro
MILAGRE
Jamais consegui fugir
Da paixão que me devora
Porque o meu coração
Lembra-me a toda hora
Que dela não abre mão
E eu sem outra opção
Vou vivendo a esperar
Que um dia aconteça
Um milagre, e ela esqueça
De não querer me amar.
Juvenal Amaro
Da paixão que me devora
Porque o meu coração
Lembra-me a toda hora
Que dela não abre mão
E eu sem outra opção
Vou vivendo a esperar
Que um dia aconteça
Um milagre, e ela esqueça
De não querer me amar.
Juvenal Amaro
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