Juvenal Amaro
Calmo contemplando as águas
deste magnífico açude
aí então foi que pude
perceber quanta grandeza
recurso que a Natureza
para a vida nos concede
A gente se senta e pede
uma tilápia com baião
e sentindo a sensação
de paz, ao frescor das águas
esquece tristeza e mágoas
rejuvenesce o espírito
num panorama bonito
rústico e aconchegante
que parece delirante
pra quem vive na cidade
Mas essa simplicidade
é algo muito real
que inspira o Juvenal
agora neste momento
e eu somente lamento
é pelo passar das horas
eu ter que ir já embora
de volta na mesma trilha
junto com as minhas filhas
Juveneide e Juaneide
mas sei que ainda hei de
voltar outra vez aqui
também com o Valdemir
que agora nos acompanha
com satisfação tamanha
tirando fotografia
enquanto da água fria
vêm respingos pelo vento
fazendo um encantamento
que só quem o presencia
pode sentir a magia
que há ali com certeza
E eu sentado à mesa
tosca de uma barraca
segurando gafo e faca
numa alimentação
Surge a inspiração
e olhando o universo
então faço estes versos
do mais profundo da alma
neste momento de calma
que a matéria desanda
e o espírito comanda
toda uma narração
que parte do coração
sensível deste poeta
que a vida interpreta
de maneira diferente
Olhando a água corrente
que cai ao chão como neve
enquanto a mente escreve
com a imaginação
e grava no coração
de onde jamais se apaga
porque o peito afaga
beleza deste cenário
até mais balneário
até mais Caxitoré
Juvenal Amaro
Em Julho de 2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário